16 de out. de 2009

Depressão


Ela chega devagar, solitária, piedosa

Em dias confusos sem respostas

Ela gosta de te ver só

Como se todo dia fosse domingo

Ela chega e te amarra como um nó

Parece que ninguém quer estar contigo

Preso num círculo duvidoso

Entre perguntas perdidas

Valiosas, como diamantes

Poucos te dão ouvidos

Você vive em sonhos distantes

Oprimidos, eles explodem

Em viagens alucinantes

Onde tudo e nada faz sentido

Meu bem..

Onde estão seus comprimidos?

Você quer e não faz

Você pensa e repensa

Esquece, lembra

Você apenas ama demais

E odeia sem sentido

A verdade do mundo

A mentira por onde escorregou

Você vai e volta com medo

Revoltas de coisas de tempos atrás

Você sonha e deseja

Parado, você está perdido!

E tanta coisa a se fazer

Fica assistindo apenas a vida acontecer

Onde tudo é nada e nada é tudo!

Tudo parece tarde demais

Suas pernas não te obedecem mais

São suas, mas não parecem

Precisam correr para transformar a dor

A dor desse viver

Que não se sabe por quê?

Tudo está difícil demais

Tudo está se perdendo

E nada se faz..

(Por Cristiany Abreu – 16/10/09)

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